O poeta é uma mentira que sempre diz a verdade.
Jean Cocteau
Versos Ensaiados Para Você - Um Lugar Onde Todas as Palavras são Importantes.
Pouco
O pouco pareceu muito, o muito pareceu nada, o nada pareceu tudo, o tudo que virou água, a água que virou gelo, o gelo que derreteu, a vida que virou morte, num coração que padeceu...
Jean Cocteau
Versos Ensaiados Para Você - Um Lugar Onde Todas as Palavras são Importantes.
É com imensa satisfação que apresentamos nosso autor convidado: +Anderson Sodre , o jovem poeta de Unnamed Pages. Toda quarta-feira você lerá aqui novas palavras do rapaz.
O pouco pareceu muito, o muito pareceu nada, o nada pareceu tudo, o tudo que virou água, a água que virou gelo, o gelo que derreteu, a vida que virou morte, num coração que padeceu...
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Vento
As gotas pesadas de chuva gelada tocam o meu caminhar
O vento frio invade o espaço vazio que teimo em evocar
Falando ao tempo ou gritando aos quatro ventos neste coração a pulsar
Como o pulso antigo que pulsava e parava
A cada segundo quando o relógio mudava
E que a cada palavra interpretava
Um trecho do nada do existir
Louca vontade de sumir
E de se colocar aos ventos
Se atirar ao tempo
Para os lamentos poder parar
E a felicidade, com essa sina
De malas prontas se pôs a viajar
Para um lugar distante
Escuro o bastante
Para nunca mais voltar
E para sempre que virar
Ver uma simples foto
Enevoar
De algo que jamais foi
Da vida que se foi
E que o vento de volta
Não a trará.
As gotas pesadas de chuva gelada tocam o meu caminhar
O vento frio invade o espaço vazio que teimo em evocar
Falando ao tempo ou gritando aos quatro ventos neste coração a pulsar
Como o pulso antigo que pulsava e parava
A cada segundo quando o relógio mudava
E que a cada palavra interpretava
Um trecho do nada do existir
Louca vontade de sumir
E de se colocar aos ventos
Se atirar ao tempo
Para os lamentos poder parar
E a felicidade, com essa sina
De malas prontas se pôs a viajar
Para um lugar distante
Escuro o bastante
Para nunca mais voltar
E para sempre que virar
Ver uma simples foto
Enevoar
De algo que jamais foi
Da vida que se foi
E que o vento de volta
Não a trará.
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Ensaio Sobre a Poesia
Palavras...
O que elas representam
O que há de belo nelas
O que há na vida, se não as palavras...
Poesia...
São palavras carregadas com sentimentos...
Que vão de amor ao lamento
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Sem ao menos tempo perder...
Vida...
O que seria de ti sem ela
O mundo sem palavras
A deixaria menos bela
Amor...
Caminhante lado a lado com a dor
Sentimento sem pudor
Que arrebata e não liberta mais...
Morte...
Palavra de azar ou de sorte
Palavra fria ou nobre
Que nem sempre define um fim...
Enfim...
Mostra que tudo na vida
Gira em torno da poesia
Que a cada dia mais viva
Recusa-se em acabar...
Por fim...
Diz que o mundo inculto...
Mundo torto, mundo maluco
Vai voltar a apreciar
A arte de escrever
A arte de criar
A arte de sentir
A poesia, arte do amar.
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Meus Olhos, Minhas Palavras
Meus olhos mostram a verdade
A verdade que deve ser dita
Mas me tiram o direito de dizer
Palavras que devem ser ouvidas
Óculos escuros cobrem estes olhos
Que revelam a passagem da alma
Sentimento tão tênue
Que tira minha calma
O passível é possível de ser visto
Difícil mesmo é acreditar
No que seria o início
Mas é o fim no mesmo lugar
Escrevendo os versos de tristeza
Em mais um momento de clareza
Em que minhas ideias queria externar
Mas isso se faz o difícil
Senso crítico de tamanho infinito
Para sempre a me dominar...
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Autor: +Anderson Sodre
